Quinta, 11 de Junho de 2009
(http://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/carta_terra.doc)
“A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva” (A CARTA DA TERRA, 2004).
A iniciativa dos ambientalistas do Litoral Norte Paulista pretende colocar em prática os indicativos da CARTA DA TERRA onde diz que “A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva”. Sofremos e sofreremos críticas assim como outros processos de diálogo sofrem, mas entendemos que as orientações desta Carta e a possibilidade de buscar transformações não podem ser desperdiçadas.
“Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas” (ibidem) faz com que, o Diálogo, o Entendimento e a Tolerância sejam fundamentais para este período de transição da sociedade que estamos construindo e vivendo.
Dentre as bases que norteiam as ações dos ambientalistas do Litoral Norte Paulista, estão os processos, assumidos com uma postura amadurecida e de entendimentos, na busca de mecanismos que auxiliem as mudanças para uma nova ordem social.
Com o Comitê do Diálogo para a Sustentabilidade, trocamos informações com a Petrobras e interferimos sobre os projetos e programas de mitigação das obras de construção da UTGCA (base de gás) com sugestões e propostas além de articular com esta, parceria e busca de uma socialização de informações e de articulação com a sociedade civil. Outros empreendedores locais como a Cia Docas de São Sebastião (ampliação do Porto), a Secretaria de Transportes de Estado de SP (duplicação da Rodovia dos Tamoios) entre outros estão sendo chamados para o Diálogo.
A base conceitual na qual apoiamos nosso convênio está no Relatório Brundlant escrito no livro Nosso Futuro Comum, em seu capitulo segundo que define Desenvolvimento Sustentável.
(http://www.scribd.com/doc/12906958/Relatorio-Brundtland-Nosso-Futuro-Comum-Em-Portugues)
Alicerçamos nossas ações e posturas nestes indicadores da CARTA DA TERRA, (2004) que dizem: “Manejar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave.” e também: “Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas consequências de suas atividades.”
No desafio de escrever este texto relembrei de um documentário onde o Frei Leonardo Boff recitava trechos da carta da terra, que me remeteu ao texto original onde redescobri e reafirmei respostas acertivas tanto para a reflexão do Diálogo quanto para o meu dia a dia como ambientalista. Recomendo a leitura do texto integral que trata a ética numa perspectiva temporal, compromissando-nos com as futuras gerações.
Beto Francine
Vice Presidente da Associação Cunhambebe
Representante das ONGs na Comissão de Coordenação do Convênio
http://realnorte.wordpress.com/sobre/
Esse site é um registro passivo da memória do Convênio Diálogo para a Sustentabilidade que reuniu Petrobras, ReaLNorte e Universidade Católica de Santos e aconteceu de 2008 a 2012.