Quarta, 31 de Outubro de 2012
Consagrado pela Conferência de Quioto, em 1997, o sequestro de carbono tem com finalidade conter e reverter o acúmulo de CO2 na atmosfera, visando à diminuição do efeito estufa.
Representantes de ONGS, o CEDS CO2 - grupo virtual para troca deste tipo de informação e que pode ser embrionário para algum empreendimento com esta finalidade e outros interessados se reuniram na Oficina Sequestro Geológico que aconteceu no dia 26 de novembro de 2012, em São Sebastião.
O objetivo era apresentar as diversas formas que existem sobre a busca de neutralização de gases de efeito estufa que provocam o Aquecimento Global. Já que atualmente para mitigá-lo, uma variedade de meios artificiais de captura e de sequestro do carbono, assim como processos naturais estão sendo estudados e explorados.
A terceira da série abordou o sequestro geológico de carbono, uma maneira de retirar CO2 da atmosfera e depositá-lo no subsolo, seja em campos de petróleo, aquíferos salinos ou em camadas de carvão.
Trazendo dois especialistas que fazem estudos para a Petrobras sobre sequestro geológico de CO2 Prof. Dr. Sr. Roberto Heeman e Rodrigo Sebastian Iglesias e mais um especialista que foi diretor do Greenpeace Roberto Kishinami que discutiram noções de Aquecimento Global e GEEs, como fazer a captura e o armazenamento em poços de petróleo e gás natural, captura e armazenamento em jazidas de carvão natural e campos salinos, explicações sobre como funciona a técnica de gaseificação de carvão in sito para emitir menos CO2, a questão energética atual, as vantagens e desvantagens de cada tipo de sequestro e experiências do Greenpeace.
O coordenador das oficinas, Beto Francine fala sobre o aprendizado adquirido: “nas duas oficinas anteriores, uma de sequestro de carbono CO2 com o plantio de mudas em áreas de preservação permanente, retirando da atmosfera CO2 sob forma de maciços florestais que ao crescerem e se manterem, sequestram carbono. Houve uma explicação de como isto ocorre e ensinado os cálculos para saber quanto estamos sequestrando de uma determinada atividade, existem várias ONGs e empresas que fazem isto.”
A segunda oficina foi sobre REDD que significa Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal e surgiu em 2007 durante a 13ª Reunião das Partes da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 13), realizada em Bali, na Indonésia, quando pela primeira vez o papel das florestas foi oficialmente reconhecido como fundamental para os esforços do combate aos efeitos das mudanças climáticas globais.
Trata-se da criação de um mecanismo de compensação dos esforços de redução das emissões de carbono decorrentes da derrubada e queima das florestas, adotado para um conjunto de medidas, não só para a redução de desmatamento e degradação, mas também para fortalecer a conservação e a gestão sustentável das florestas por meio de compensações monetárias para quem deixa de desmatar ou por captura e armazenamento de CO2.
Na oficina do CEDS sobre o assunto foi debatido como no Litoral Norte poderemos desfrutar desta fonte de recursos para a preservação de áreas de Mata Atlântica que estão fora das Unidades de Conservação e não podem ser desmatadas.
VEJA MAIS:
OFICINA SEQUESTRO GEOLÓGICO SERÁ REALIZADA NA PRÓXIMA SEMANA EM SÃO SEBASTIÃO
OFICINA “ RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS E SEQUESTRO DE EMISSÕES DE CARBONO ATRAVÉS DO PLANTIO DE MUDAS FLORESTAIS NATIVAS DA MATA ATLÂNTICA”
OFICINA DE NEUTRALIZAÇÃO DE CARBONO
http://www.cedslitoralnorte.org.br/ler/oficina-de-neutralizacao-de-carbono
PARTICIPAÇÃO DE MARIANA PAVAN EM OFICINA REDD
http://www.cedslitoralnorte.org.br/ler/participacao-de-mariana-pavan-em-oficina-redd
Esse site é um registro passivo da memória do Convênio Diálogo para a Sustentabilidade que reuniu Petrobras, ReaLNorte e Universidade Católica de Santos e aconteceu de 2008 a 2012.