Polícia Ambiental apreende caça no Núcleo Santa Virgínia, Parque Serra do Mar
Domingo, 28 de Agosto de 2011
A Polícia Ambiental de Natividade da Serra atendeu a uma denúncia relativa à caça e tráfico de animais na última semana no entorno do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia, em São Luiz do Paraitinga, que resultou em apreensão considerada de grande porte na região. Foram encontradas em uma casa, no Bairro rural conhecido por Tatim, três armas, sendo uma espingarda calibre 32; uma carabina calibre 38 e uma garrucha de dois canos, além de 95 cartuchos intactos e 14 deflagrados de diversos calibres; quatro estojos de espoleta, duas embalagens de pólvora e duas de chumbo.
Não foram só armas encontradas no local.
Também foram encontrados três alçapões e uma rede para apanhar pássaros. O imóvel rural abrigava dez aves silvestres vivas em cativeiro; além de quatro aves e 42 kg de carne de animais silvestres abatidos e congelados. Um homem foi preso em flagrante e autuado pelos crimes de porte ilegal de armas, posse de carne de animais silvestres e de animais em cativeiro.
As amostras dos animais mortos foram encaminhadas para identificação no PESM – Núcleo Santa Virgínia, que fez a análise comprobatória e confirmou se tratar de animais silvestres como Catetos, Queixadas e Jacus, espécies ameaçadas de extinção. Os pássaros de espécies canoras, como Curiós e Trinca-ferros que estavam vivos foram examinados por biólogos e veterinários que atestaram a sanidade e a possibilidade deles voltarem à liberdade. Eles foram soltos no interior do Parque.
Segundo o gestor do PESM – Núcleo Santa Virgínia, João Paulo Villani, esses animais provavelmente foram retirados de dentro do parque e graças à grande atuação da Polícia Ambiental, pelo menos parte deles, está voltando com vida. “O trabalho que a Polícia Ambiental vem desenvolvendo na zona de amortecimento do parque, por meio do Programa Pró-Parque, vem diminuindo a atividade de caça. O combate a grupos organizados como este, cujo poder de impacto sobre a fauna é grande, contribui para minimizar as agressões sobre à fauna local, garantindo a sobrevivência das espécies nativas do Bioma Mata Atlântica”, afirma Villani.
