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Poluição crônica avança sobre praias badaladas de SP

Segunda, 28 de Novembro de 2011

A tendência em relação à qualidade da água do mar é de melhora, dizem as prefeituras ouvidas. As secretarias do Meio Ambiente de Caraguatatuba e Angra dos Reis atestam que o principal problema a ser combatido é o esgoto doméstico, despejado sem tratamento nos rios e no oceano.

Na enseada central de Angra, diz Marco Aurélio Vargas, secretário do Meio Ambiente, o esgoto produzido por quase 40 mil pessoas "vai 'in natura' para o mar". De acordo com ele, a partir dos investimentos que estão sendo feitos na cidade, a situação nas praias centrais da cidade vai mudar no prazo de até "seis meses". No caso do Frade, praia famosa por seus resorts e condomínios, o investimento virá com a construção da usina nuclear de Angra 3, diz Vargas. Ainda não há um prazo para que isso ocorra.

Em Caraguatatuba, segundo a prefeitura, um dos problemas em Tabatinga é fazer a fiscalização sobre o esgoto nas casas de veraneio. Como elas ficam fechadas, as fiscalizações só podem ocorrer "nos finais de semana". A chamada poluição difusa, como o lixo jogado nas ruas, é outro problema.

A Prefeitura de Ilhabela informa que a situação já melhorou neste ano depois das obras de saneamento básico. A coleta e o tratamento de esgoto passou de 4% para 36%.

Em 2010, pela classificação anual da Cetesb (agência ambiental paulista), as praias da ilha voltadas para o canal ficaram impróprias. A tendência é de uma discreta melhora para este ano. A prefeitura não se pronunciou sobre o problema da qualidade da água.

CONTAMINAÇÃO

Procurada, a Prefeitura de Ubatuba não se manifestou sobre a balneabilidade. Em Paraty, que tem praias do centro histórico também sujas, e Itamambuca, em Ubatuba, grupos sociais reivindicam melhorias no saneamento há alguns anos.

De acordo com especialistas, o maior risco de mergulhar num local com água contaminada é contrair uma gastroenterite. O contato com água poluída, no entanto, pode causar doenças ainda mais sérias, como a hepatite.

A recomendação dos médicos e órgãos ambientais é não entrar na água se a classificação semanal daquela praia estiver imprópria. Um pequeno gole eventual pode ser o suficiente para que o banhista seja contaminado.

Fonte: Folha /EDUARDO GERAQUE/Novembro de 2011














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