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Turismo gera receita para conservação

Quarta, 07 de Novembro de 2012

Confira a palavra de Oliver Hillel, Diretor de Programa do Secretariado da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB). A CDB foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para estabelecer normas e princípios que devem reger o uso e a proteção da diversidade biológica em cada país signatário.

O evento foi uma realização do Semeia junto à CDB aconteceu dia 12 de outubro de 2012 na ocasião da 11ª reunião da Conferência das Partes da CDB (COP 11), em Hyderabad, India, entre 8 e 19 de outubro de 2012.

 Confira o vídeo integral do evento pelo link

 Tradução livre feita pelo Instituto Semeia:

 “Realisticamente, temos uma fração muito pequena dos recursos e da capacidade instalada para alcançar isso (meta da CDB, sobre áreas protegidas). Alguns países estão mais avançados, outros estão menos. Planos ambiciosos (para a conservação) demandam mais e mais recursos, enquanto as doações são cada vez menores. Então temos um problema com isso. Um problema sério. Por outro lado, depois de 20 anos trabalhando com turismo, posso dizer que alguns destes parques possuem todos os elementos para gerar MUITA receita a partir do turismo, além de oportunidades de negócios para comunidades locais e indígenas, para os públicos de interesse, e significado para cada vez mais pessoas, que passam a conhecer o parque. A biodiversidade só é protegida quando as pessoas sabem a respeito desta. Quando as pessoas não vão aos parques, elas têm menos motivação para protegê-los.

Em minha experiência pessoal, o que acontece é que das 192 partes, países que fazem parte da Convenção, talvez 10, 15 deles descobriram formas para canalizar uma pequena parte dos recursos que vem das comunidades do entorno das áreas protegidas para o gerenciamento em benefício da própria área - seja pública, privada, da comunidade local e indígena, com a gestão da própria comunidade. A maioria da receita com turismo nunca é direcionada para a manutenção das áreas protegidas.

Logo, o que estamos falando aqui é como nós podemos replicar experiências das concessões e parcerias de turismo que funcionam em todas as áreas protegidas. Infelizmente, por diversas razões, apenas poucos países descobriram, descobriram como desenvolver modelos verdes institucional e legalmente, trazendo uma quantidade significativa de recursos em benefício da gestão de áreas protegidas.

A IUCN vem explorando concessões de turismo por muitos anos. De fato, tem publicações importantes e novas que serão lançadas em breve sobre como fazer concessões de turismo.

E aqui entra o Semeia, uma ONG inovadora e com a qual estamos muito satisfeitos por colaborar. Tomou para si a tarefa de descobrir bons exemplos, as lições aprendidas, e como podemos alavancar mais apoio do setor privado.

Não é uma panaceia. Sabemos disto. Recebi um ótimo relatório da EQUATIONS, uma ONG local na Índia, sobre todas as falsidades e problemas de empresas dizendo que beneficiam as pessoas, mas que não fazem.

Desafiando cada um de vocês aqui, eu pessoalmente não tenho identificado um único país no mundo em que pelo menos uma área protegida não receba uma substancial parte do seu orçamento advindo do turismo. Turismo tem seus ciclos de geração de recursos. Claro que gestores de áreas protegidas preferem apoios financeiros estáveis, mas devem existir diversos mecanismos para levar o dinheiro de uma parte para outra. Mas eles existem e funcionam.”

Fonte: Instituto Semeia














Convênio




Esse site é um registro passivo da memória do Convênio Diálogo para a Sustentabilidade que reuniu Petrobras, ReaLNorte e Universidade Católica de Santos e aconteceu de 2008 a 2012.